Nos últimos dias tenho me dedicado a leitura do livro “1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil”, de Laurentino Gomes. E tenho me pego em algumas descobertas e redescobertas sobre nossa história. E resolvi compartilhar aqui com vocês algumas das curiosidades sobre nossa formação enquanto nação. Até mesmo porque acredito ser importante registrar, e quem sabe, assim como eu, muitos dos que acompanham meu humilde Blog, descubram e/ou redescubram relatos de nosso passado.
Pois então, acho interessante que na introdução, o autor contextualiza um evento que ocorreu em 1784, fim do século XVIII, na Bahia, cinco anos antes da Revolução Francesa, em que ele conta que um menino que pastoreava o gado, em uma região árida daquele estado, se deparou com uma pedra lisa e escura, que mais de duas décadas depois, em 1810 – já século XIX – foi atestada por cientistas da Sociedade Real de Londres ser um meteorito que chocou-se com a Terra. Por curiosidade, o tal meteorito mede dois metros de diâmetro e pesa mais de cinco toneladas, sendo o maior encontrado na América do Sul. Atualmente, está em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Então, esse contexto de um evento que aconteceu entre os séculos XVIII e XIX é para que o autor pudesse entrar na história do referido Museu.
O Museu Nacional do Rio de Janeiro encontra-se na Quinta da Boa Vista, não muito longe do Estádio Maracanã e tem vista para o Morro da Mangueira. O acervo local conta com o meteorito, aves e animais empalhados e vestimentas de tribos indígenas que são mantidas em caixas de vidro. Segundo o autor, as peças estão distribuídas ao acaso, não tendo critério de organização ou de identificação. E o curioso é que o Museu localiza-se no Palácio de São Cristóvão, que foi um dos cenários mais importantes da História Brasileira.
O Palácio de São Cristóvão foi onde D. João VI, rei de Portugal e Brasil, viveu e reinou durante os anos em que a Coroa Portuguesa permaneceu no Brasil – entre 1808 e 1822. E foi ali em que o país passou pelo processo de transição entre ser colônia e ser independente. A importância histórica do Palácio, quase nada mais nele lembra a Corte Portuguesa no Rio de Janeiro. O Palácio é um prédio retangular, de três andares e foi um presente de um traficante de escravos à D. João, quando ele chegou ao Brasil, em 1808. Mas o que parece é que o prédio não tem memória do que ali um dia aconteceu. Nada indica que ali um dia morou a Familia Real Portuguesa e o que seria cada ambiente.
O autor ainda relata da sensação de descaso também no centro do Rio de Janeiro, na Praça 15 de Novembro, o antigo Paço Imperial, casarão de dois andares do século XVII. Esse casarão foi sede oficial do governo de D. João no Brasil, entre 1808 e 1821.
Além disso, ainda há a forma caricata que os brasileiros se referem a D. João VI, em que é visto como um monarca abobalhado, incapaz de tomar decisão. E já a rainha Carlota Joaquina é caricata como histérica, ninfomaníaca, entre outras coisas. Inclusive, o autor cita o filme, de Carla Camurati, “Carlota Joaquina – a princesa do Brasil” como alusão à caricatura que se tem dos personagens da monarquia portuguesa.
Bem, aos poucos, vou aqui trazendo outras informações que o livro aborda e tentarei não me estender. Me esforçarei para escrever textos breves, com o máximo de informações, que não seja massante, entediante, e em doses homeopáticas.
No mais, boa semana a todos e ótima Páscoa.
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